segunda-feira, 25 de agosto de 2014

É bom saber.

ÍNDICE DE APGAR

O que significa?
A Dra. Virginia Apgar, uma médica notável e que reconheceu a necessidade de existir uma maneira fácil e eficaz de avaliar o recém-nascido, discutindo o assunto com um aluno em 1949, chegou a cinco pontos-chave para a avaliação da vitalidade do recém-nascido.
No ano de 1952, após os refinamentos necessários, ela apresentou e posteriormente publicou o seu sistema de avaliação do recém-nascido. Esse sistema é o mesmo até os dias de hoje.
Quando o bebê nasce, iniciamos a contagem do tempo e avaliamos o índice de Apgar no primeiro e no quinto minutos de vida da criança.
Tabela para cálculo do índice
 
Pontos012
Freqüência cardíacaAusente<100/minuto>100/minuto
RespiraçãoAusenteFraca, irregularForte/Choro
Tônus muscularFlácido Flexão de pernas e braçosMovimento ativo/Boa flexão
CorCianótico/PálidoCianose de extremidadesRosado
Irritabilidade ReflexaAusenteAlgum movimentoEspirros/Choro


Durante muito tempo este índice foi utilizado como parâmetro para determinar as condutas do pediatra em sala de parto no atendimento ao recém-nascido.
Um índice de Apgar de 6 ou menos no primeiro minuto de vida era considerado como relacionado à asfixia neonatal (isto é, a criança teria passado alguma dificuldade durante o parto que teria diminuído a quantidade de oxigênio no sangue) e indicava a necessidade de manobras de reanimação cardio-respiratória para a recuperação do bebê.
Durante muito tempo, também foram feitas tentativas de associar o índice de Apgar do quinto minuto - e mesmo do décimo minuto - com possíveis futuros problemas neurológicos da criança.
Muito mito e expectativa surgem em torno do Apgar (a nota) que a criança recebeu. Os pais ficam nervosos, preocupados que uma nota baixa possa representar problemas futuros para sua criança.
Isto não é verdadeiro tanto quanto não é verdadeiro que uma criança com índice de Apgar alto não possa apresentar algum problema. Não foi possível, em todos estes anos, estabelecer uma relação segura entre determinado índice de Apgar e a existência ou ausência de seqüelas neurológicas tais como convulsões, paralisia cerebral ou dificuldades de aprendizagem.
Também para as decisões quanto às condutas de reanimação em sala de parto o índice de Apgar não é o mais indicado. As rotinas preconizadas pela Sociedade Brasileira de Pediatria e pela Academia Americana de Pediatria são taxativas em declarar que não devemos utilizar o índice para decidir condutas. A reanimação em sala de parto hoje é toda decidida antes de ter se passado o primeiro minuto de vida e baseada em parâmetros do recém-nascido que são avaliados imediatamente ao nascimento.
Portanto, o índice de Apgar desempenhou um papel fundamental no desenvolvimento das técnicas de atendimento ao recém-nascido em sala de parto, mas como a maior parte das técnicas médicas, não tem mais hoje a relevância que tinha em 1952 quando foi desenvolvido pela Dra. Virgínia.
A nota que a criança recebeu ao nascer não deve ser fator de angústia para os pais em momento já de tanta ansiedade.


Leia Mais: Índice de Apgar | ABC da Saúde http://www.abcdasaude.com.br/pediatria/indice-de-apgar#ixzz3BSL2W2PX
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A arte de ensinar e a arte de aprender (I)

Por Carlos Bernardo González Pecotche (Raumsol)
Entre a arte de ensinar e a arte de aprender existe uma grande diferença, não obstante acharem-se ambas intimamente vin­culadas. Em geral, quem começa a aprender o faz sem saber por quê; pensa que é por necessidade, por uma exigência de seu temperamento, por um desejo ou por muitas outras coi­sas, às quais costuma atribuir esse porquê. Mas quando já co­meça a vincular-se àquilo que aprende, vai despertando nele o interesse e, ao mesmo tempo, reanimam-se as fibras ador­mecidas da alma, que começa a buscar, chamando ao estudo, os estímulos que irão criar a capacidade de aprender.
 
Porém, que é o que o ser aprende, e para que aprende? Eis aqui duas indagações às quais nem sempre se podem dar res­postas satisfatórias. Aprende-se e continua-se aprendendo, ad­quirindo hoje um conhecimento e amanhã outro, de igual ou de diversa índole. Primeiro se aprende para satisfazer às ne­cessidades da vida, tratando de alcançar, por meio do saber, uma posição, e solucionar ao mesmo tempo muitas das situa­ções que a própria vida apresenta. Quando se completa a me­dida do estudo, parece como se na mente se produzisse uma desorientação: o universitário, ao conquistar seu título, aquele outro ao culminar sua especialização. Enfim, quando essa vi­da de estudos está terminada, começam as atividades nas dife­rentes profissões, o que paralisa a atividade anterior da mente dedicada ao estudo; muitos até chegam a esquecer aquela cons­tante preocupação que antes tinham, de alcançar cada dia um conhecimento a mais, encontrando-se como os que, tendo fi­nalizado o percurso de um caminho, não sentem a necessidade de dar um passo além, por não acharem o incentivo de um obje­tivo capaz de o propiciar. Eis aí uma das causas de onde pro­vém tanta desorientação nos seres humanos.
 
A arte de ensinar consiste em começar ensinando primeiro a si mesmo
De outra parte, os que, além dos estudos da profissão aprendem outras coisas, o fazem muitas vezes sem ter disso verdadeira consciência. Acumulam este, esse e aquele conheci­mento, mas depois – salvo exceções – não sabem o que fa­zer com eles; não sabem usá-los em seu próprio bem, nem no bem dos demais. Assim é como vêm aprendendo ao acaso, em uma e outra parte, sem ter um guia que os leve para uma meta segura e lhes permita fazer de tudo uma aprendizagem útil pa­ra si mesmos e para seus semelhantes.
 
Ao dar a conhecer seus ensinamentos, a Logosofia mani­festa que existe uma imensidão desconhecida para o homem, na qual este deve penetrar. Dá a conhecer, além disso, que enquanto se interna nessa imensidão que é a Sabedoria, isto é, enquan­to aprende, pode também ensinar, porque a arte de ensinar consiste em começar ensinando primeiro a si mesmo, ou, dito de outro modo, enquanto de uma parte o ser aprende, aplica de outra esse conhecimento a si mesmo e, ensinando a si mes­mo, sabe depois como ensinar aos demais com eficiência.
Trechos extraídos do livro Introdução ao Conhecimento Logosófico p. 259 e 260
Toda a arte de ensinar é apenas a arte de acordar a curiosidade natural nas mentes jovens, com o propósito de serem satisfeitas mais tarde. (Anatole France)

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

SAÚDE

Dislexia: o que é, como identificar e tratar

Dificuldade de aprender, indisciplina, preguiça e desatenção podem ser frutos da dislexia

10/01/2013 19:28
Texto Marion Frank
Educar
Foto: Mauricio Melo
Foto: A dificuldade no aprendizado pode ter um motivo bem específico: a dislexia!
A dificuldade no aprendizado pode ter um motivo bem específico: a dislexia!
Tem criança que aprende fácil, fácil, a ler. Outras demoram um pouco, mas acabam aprendendo também. Com outras o processo é bem mais difícil: são meninos e meninas atormentados pela dificuldade de entender letras e algarismos (o "b" vira "d", o "16 se torna "61"), apesar de ter enorme talento em outras atividades - esportes, por exemplo.

"Cerca de 5 a 10% da população mundial em idade escolar apresentam deficiência na leitura e na escrita", explica o neurologista e neuropediatra Mauro Muszkat. "E é esse problema, a dislexia, uma das causas da evasão escolar no País."

Quem sofre de dislexia não consegue identificar as letras de uma palavra, e por isso o problema se torna perceptível durante a alfabetização. Ela se atrapalha com o que a professora escreve no quadro-negro - números incluídos. Certo é que a criança disléxica, embaraçada, foge da classe para não ter de ler perante os colegas. É importante, porém, procurar um especialista antes de tachar as crianças com dificuldade de leitura como disléxicas. São os neurologistas, fonoaudiólogos, psicólogos e psicopedagogos que ajudam a diagnosticar e tratar o distúrbio.

A seguir, Mauro Muszkat detalha o que a família precisa saber sobre esse distúrbio.
Para ler, clique nos itens abaixo:
1. O que é dislexia?
A dislexia nada tem a ver com a falta de audição, muito menos com o QI reduzido.

Há pais que explicam o fato de o filho tirar nota baixa no aprendizado da linguagem por ouvir mal ou pior, por ser pouco inteligente. "A criança que sofre de dislexia apresenta, na verdade, dificuldade na transformação da imagem da palavra em som, ou seja, ela faz associações erradas entre palavras e sons", enfatiza Mauro Muszkat. "Para os pais, o importante é estar ciente de que ela pode ser inteligente de outras maneiras, mesmo sem ler e escrever bem."
2. A dislexia é um problema que se torna visível em idade de alfabetização.
Muitas vezes a criança que apresenta alguma dificuldade na leitura já é rotulada de disléxica, o que só prejudica o desenvolvimento da sua aprendizagem. Entenda: a criança que sofre de dislexia não sabe associar o som à letra de uma palavra, nem entende rimas muito bem menos brinca com as palavras. "Esses são sinais clássicos de dislexia, que exige o diagnóstico de um especialista, que vai orientar o tratamento", diz Mauro Muszkat.
3. É possível amenizar os efeitos da dislexia
A criança que sofre de dislexia tem hoje à disposição um bem planejado processo de reabilitação. Apesar de não existir cura para a dislexia, a Ciência já sabe indicar o que deve ser feito para devolver a criança com esse tipo de problema às atividades normais. "O cérebro tem enorme capacidade de se reorganizar e dar ‘cobertura’ a essa deficiência", garante Mauro Muszkat.
4. Quanto mais cedo a família procurar a ajuda de um especialista melhor.
"O ideal é que a criança disléxica comece o tratamento antes dos 10 anos", salienta Mauro. Para tanto, ele recomenda que o diagnóstico seja feito tanto por um neurologista quanto por um especialista em fonoaudiologia. E não só. "Por atingir a autoestima, a criança que sofre de dislexia é vítima em potencial de bullying", alerta o especialista. O que torna uma avaliação psicológica essencial para entender todas as causas que levaram essa criança a se tornar disléxica.

S.O.S

Autores que faziam e fazem a diferença na arte de ensinar.